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Archive for Março, 2010

Miguel Almeida (PSD) entregou, na reunião de Câmara do passado dia 2, uma proposta para a recuperação do Mosteiro de Santa Maria de Seiça. O vereador, que já enquanto deputado da Assembleia da República levantara a questão, deftende que “é preciso salvar o Mosteiro, que remonta às origens do país”, sob pena de poder perder-se “definitivamente um património de valor histórico incalculável”. Registe-se que foi Miguel Almeida quem apresentou a proposta para as reuniões do executivo serem realizadas também nas freguesias, recuperando assim uma proposta eleitoral do edil figueirense, João Ataíde (PS), que ainda não tinha sido concretizada.
Na reunião de Câmara realizada no Paião, Miguel Almeida defendeu a premência de, numa primeira fase, e atendendo à falta de verbas para ir mais além, salvar a fachada do Mosteiro, procedendo à limpeza da vegetação que a invadiu. Para este efeito, a proposta da bancada laranja sugere que a autarquia convide o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) “a desenvolver um projecto conjunto de requalificação do património histórico e arquitectónico” do também chamado de Convento de Seiça, candidatando esse mesmo projecto ao Eixo 3 do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).

A vergonha

Para Miguel Almeida, tal como está, o Mosteiro de Santa Maria de Seiça “deve envergonhar-nos”, e que por isso urge fazer algo. “Podem dizer que não há nada a fazer, mas isso faz-me lembrar o Paço de Tavarede, também se dizia que não era possível recuperar, e agora lá está”, exemplificou. “Se não dá, mantenham-se e preservem-se as ruínas, não é caro”, garantiu em jeito de conclusão. Menos optimista foi a vereadora Isabel Maranha Cardoso (PS) que – apesar dos anúncios de António Tavares, de que “já foi solicitada autorização ao IGESPAR para limpeza da fachada”, projecto que “já levanta dificuldades do ponto de vista técnico, em virtude do estado de degradação agravado pela vegetação na fachada – lembrou que o Mosteiro de Seiça foi «esquecido» aquando da contratualização da Comunidade Intermunicipal do Baixo Mondego – que a Figueira da Foz integra e que reúne as prioridades de cada município em diferentes áreas, nomeadamente a de recuperação do património. Segundo Isabel Cardoso, o documento limitou a candidatura nesta área ao Forte de Santa Catarina, pelo que a integração do Mosteiro de Seiça só seria possível “com renegociação do contrato”. Vereadores e presidente concordaram, no entanto, em tentar operacionalizar a manutenção deste património, uma vez que, para a sua recuperação integral, falava-se, “há 12 anos, em mais de 1 milhão e 300 mil euros”, recordou Miguel Almeida.

Reportagem do jornal: “O Figueirense” de 12-03-2010

http://www.ofigueirense.com/seccao.php?id_edi=170&id_sec=4

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